O projeto Move Ceará, uma parceria entre a Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), por meio do Conselho de Altos Estudos e Assuntos Estratégicos, e a plataforma de negócios TrendsCE, realizou um encontro na manhã desta quinta-feira (05/09), no auditório do Complexo de Comissões Técnicas da Alece.
O principal objetivo da reunião foi apresentar a todas as comissões técnicas da Casa as 1.500 demandas do setor produtivo cearense (saúde, agricultura familiar, agronegócio, turismo e energias renováveis, entre outros), distribuídas por macrorregiões do Estado, coletadas nas fases anteriores do projeto, que agora está em sua terceira etapa.
Durante o encontro, Luíza Martins, secretária executiva do Conselho de Altos Estudos, destacou que a atual fase busca analisar essas demandas para verificar o que já foi tratado pela Assembleia Legislativa e, para o que ainda não foi, como pode ser abordado por meio de instrumentos legislativos, como audiências públicas, requerimentos, pronunciamentos e projetos de lei.
“É muito importante porque, ao final desse trabalho, permitirá à Assembleia Legislativa do Estado do Ceará ter uma agenda de trabalho. São mais de dez categorias do setor produtivo do Estado, que estão trazendo essas demandas para dentro da Casa”, explicou.
O projeto Move Ceará traz uma pesquisa sobre o setor produtivo cearense nas 14 macrorregiões de planejamento do Estado. Lembrando o início do projeto, Luíza ressaltou que a equipe já saiu com um trabalho científico previamente estruturado. Esse levantamento, realizado pela empresa TrendsCE, foi fundamentado em estudos e documentos existentes sobre o desenvolvimento econômico do Estado nos últimos anos.
Entre os documentos analisados estão os estudos dos clusters econômicos feitos pela Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), os planos da Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedet), o Ceará 2050, Fortaleza 2040 e o Plano de Desenvolvimento do Nordeste da Sudene.
“A partir desses documentos, conseguimos identificar os principais setores econômicos do Estado e fazer sua distribuição pelas 14 macrorregiões de planejamento do Ceará. Foi um trabalho muito importante, pois, em nenhum dos estudos anteriores, os setores econômicos eram localizados por macrorregião. Nós identificamos os clusters econômicos e os vinculamos às suas respectivas macrorregiões”, destacou.
Luíza Martins finalizou ressaltando a importância desse trabalho inédito que faz a conexão entre o Legislativo e o setor produtivo por meio das comissões, onde os grandes assuntos são tratados. “É onde muitas vezes as demandas chegam à Casa, muito antes de atingir os gabinetes dos deputados, de forma mais científica e organizada”, disse, acrescentando que essa agenda de trabalho para as comissões pode se estender pelos anos de 2024, 2025 e até 2026. “Estamos falando de 1.500 demandas.
Os encontros presenciais do Move Ceará foram realizados nas seguintes cidades: Crato (Cariri), Iguatu (Centro-Sul), Fortaleza (Grande Fortaleza), Aracati (Litoral Leste), Camocim (Litoral Norte), Itapipoca (Litoral Oeste/Vale do Curu), Baturité (Maciço de Baturité), Tianguá (Serra da Ibiapaba), Quixeramobim (Sertão Central), Canindé (Sertão de Canindé), Crateús (Sertão de Crateús), Tauá (Sertão dos Inhamuns), Sobral (Sertão de Sobral) e Limoeiro do Norte (Vale do Jaguaribe).