O fim da cobrança da tarifa de contingência de água no Ceará, anunciado pela governadora Izolda Cela na última quinta, 5, responde a um dos principais desafios relatados pelo setor produtivo ouvido pelo Move Ceará, projeto da Assembleia Legislativa em parceria com a TrendsCE, em sua passagem pelas 14 macrorregiões do Estado.
A revogação ocorreu após o Ministério Público do Estado (MPCE) receber um pedido de suspensão da tarifa feito pela Federação da Agricultura e Pecuária do Ceará (Faec), que apoia o Move CE, iniciativa cujo objetivo é fortalecer a economia cearense a partir da escuta qualificada de demandas do setor produtivo de cada macrorregião estadual.
A taxa da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) que estabelece a necessidade de redução de 20% no consumo de água foi criada em 2015, em um período de forte escassez hídrica. O presidente da Faec, Amílcar Silveira, solicitou a suspensão da tarifa diante da atual situação dos reservatórios cearenses, que superam a marca de 90% de capacidade.
“A gente sempre considerou que a tarifa de contingenciamento não era justa. O correto seria que as pessoas que economizassem tivessem uma forma de bonificação. Além disso, o mau uso da água da Cagece provoca uma diminuição na distribuição das águas no interior do Estado. Nosso objetivo aqui é só um: a eficiência hídrica. Precisamos disso para o agronegócio cearense”, pontuou Amílcar Silveira. A revogação começa a valer a partir do consumo do mês de maio, para Fortaleza e os 18 municípios da Região Metropolitana.
Foto: Freepik