Com 573 km de costa marítima desde Icapuí, na macrorregião do Litoral Leste, até Chaval, na divisa do estado com Piauí, o Ceará consolida sua imagem como terra do sol e dos ventos. Na indústria da pesca, na geração de energia eólica, no turismo e no incentivo aos esportes marítimos, o Estado fortalece cada vez mais o setor produtivo denominado Economia do Mar.
Aracati, a cidade conhecida pelos bons ventos, fez de uma de suas principais praias, Canoa Quebrada, pioneira na produção brasileira de energia eólica. Dois parques de captação estão localizados no município e respondem como uma das principais fontes de energia eólica do país. Os primeiros parques de captação do país foram construídos na região. Um deles, em operação desde 2008, tem capacidade instalada de 10,5 megawatts (MW). O segundo iniciou atividade em 2010 e possui capacidade de 57 MW. A gestão de ambos atualmente é realizada pela CPFL Renováveis.
De acordo com os dados fornecidos pelo estudo das Rotas Estratégicas de Economia do Mar da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec), o Ceará conta com 275 estabelecimentos ligados ao setor, que trouxe como consequência 5.573 empregos gerados, colocando o estado em 8º lugar no país. Com 32 % de participação, Aracati é um dos municípios com maior atividade no setor.
O estudo também mostrou que a maioria das empresas cearenses do segmento são de pequeno porte (32%). Em relação à remuneração, o Ceará aparece em 11º, com salários de R$2 mil, em média. Apenas 7% dos trabalhadores têm nível superior concluído no Ceará, diante de 18% da média brasileira. Quanto a ativos de pesquisa e desenvolvimento, o Ceará é o 5º do país, com 652 matrículas. Dessas, 200 estão em Fortaleza e as outras distribuídas em Acaraú, Tabuleiro do Norte, Aracati e Morada Nova. São 13 cursos de graduação, 29 opções de pós graduação e 38 grupos de pesquisa.