As oportunidades do agronegócio e da agricultura familiar no Cariri

A relevância do setor de agronegócio e agricultura familiar tem crescido na  composição da riqueza gerada  na  macrorregião do Cariri, com participação de 9% entre todos os setores que movimentam a economia na região, de acordo com o Núcleo de Economia/FIEC a partir de dados do IBGE. A vocação econômica representa um dos setores priorizados pelo diálogo com o setor produtivo no segundo encontro regional do Move Ceará, marcado para o dia 11 de janeiro, no município do Crato. 

A macrorregião formada por 29 municípios se destaca na produção de cereais, leguminosas e oleaginosas. A área colhida de milho no Cariri, por exemplo, corresponde a 15% do percentual produzido no Ceará, enquanto a área colhida de amendoim corresponde a 80% em relação ao total do Estado. Em decorrência das características climáticas, de solo e do perfil dos produtores rurais, a cotonicultura também corresponde a uma das apostas recentes mais significativas para o crescimento da região. 

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os municípios de Abaiara, Barbalha, Brejo Santo, Crato, Jardim, Jati, Juazeiro do Norte, Mauriti, Milagres, Missão Velha, Penaforte, Porteiras, Potengi e Várzea Alegre, juntos, somaram mais de 1.800 hectares cultivados com algodão na safra 2020/2021, o que indica uma produção ascendente e superior a 3.600 toneladas nesse período.

Mauriti e Milagres registraram a produção de 300 ha e 305 ha de algodão, respectivamente, em 2021. Além do setor público, entidades privadas participam dessa cadeia produtiva, como os fornecedores de insumos e a indústria têxtil. 

No município de Missão Velha, a agropecuária tem participação de 22% e em Mauriti 19% e Santana do Cariri 14%. Em 2015, o setor ocupou o sétimo lugar entre os setores que mais empregaram na macrorregião, gerando um total de 1.014 postos de trabalho, de acordo com dados do Núcleo de Economia/FIEC a partir de dados do IBGE em 2017.

A participação da macrorregião do Cariri no rebanho estadual é de 15,33%, conforme dados do Censo Agropecuário de 2017; a produção leiteira da região corresponde a 9,4% de todo o leite produzido pelo Ceará. 

No Crato, a pecuária leiteira é praticada principalmente por parte dos agricultores familiares, sendo em torno de 6.864 possuidores de DAP (Declaração de Aptidão ao Pronaf), segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento-MAPA (Posição março/2021). O município possui, ainda, cerca de 1.015 produtores e 23.403 cabeças de bovinos, segundo a ADAGRI (Posição maio/2021).

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