Move CE ouve demandas do Agronegócio e Agricultura Familiar do Centro Sul do Estado

Move Ceará esteve no município de Iguatu na manhã desta terça-feira, 17. O município representa a macrorregião Centro Sul, a última das 14 macrorregiões cearenses a serem visitadas pelo projeto da Assembleia Legislativa do Ceará e da TrendsCE.

Em Iguatu, os setores produtivos dos 15 municípios da região Centro Sul ouvidos pelo Move Ceará foram a agricultura familiar e o agronegócioCedro, Icó, Orós, Quixelô, Lavras da Mangabeira, Baixio, Ipaumirim, Umari, Várzea Alegre, Antonina do Norte, Cariús, Jucás e Tarrafas são os outros 14 municípios que compõem a macrorregião.

Demandas ouvidas

escassez hídrica foi uma das necessidades levantadas pelos setores ouvidos, além de questões referentes ao preço dos insumos para bovinocultura, a indisponibilidade de crédito para os agricultores e a capacitação dos trabalhadores do campo.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de OrósFrancineudo Barbosa, explicou que a bovinocultura de leite tem enfrentado dificuldades. O preço da compra de insumos para criação dos animais são altos, ao passo que o preço de venda do leite produzido segue em baixa, prejudicando o retorno financeiro da atividade.

escassez hídrica e a ausência de condições para a utilização de uma agricultura irrigada impacta negativamente toda a produção, tornando o município refém da irregularidade das chuvas.

O secretário também ressaltou que as dificuldades de abastecimento hídrico afetou os trabalhadores da piscicultura, que tem suas atividades prejudicadas pelo baixo volume de água do açude Orós. A situação não só tem reduzido a produção, como também tem endividado as famílias produtoras.

“Seria preciso um programa do Governo Federal ou algum tipo de benefício que possibilitasse a abertura de crédito para as famílias piscicultoras, pois a produção quase zerou nos últimos anos, gerando uma grande dificuldade para estas pessoas”, disse.

O secretário-executivo de Desenvolvimento Econômico de Iguatu, Wellington Uchoa, salientou a necessidade de assistência técnica, bem como a capacitação ou programas que ofereçam informação especializada aos agricultores.

“Tentamos sempre aperfeiçoar o trabalho no campo, mas é preciso mais, que os trabalhadores rurais entendam como se faz um bom uso do solo, por exemplo, ou as melhores formas de cuidar de determinado tipo de cultura, sempre em consonância com as legislações ambientais. Mas para isso é preciso que os órgãos competentes cheguem até os municípios com essas oportunidades”, apontou.

Os participantes do encontro também levantaram demandas como a melhoria do serviço oferecido pelos programas de distribuição de sementes, e ao fomento da educação e formação para os jovens e mulheres do campo.

“Nós conseguimos coletar um material muito rico durante esses encontros, e é importante compreender que não vamos poder resolver 100% dos problemas em curto prazo. Nós pretendemos separar as demandas mais urgentes e recorrentes e propor soluções no curto prazo, mas de toda forma, nós vamos trabalhar todo o corpo de demandas, transformá-las em propostas, para que possam ser aproveitadas pelas futuras gestões e incluídas no orçamento estadual”, disse Luiza Martins, secretária do Conselho de Altos Estudos e Assuntos Estratégicos da Assembleia Legislativa do Ceará.

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